LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA - CALAZAR
- AMA Pets
- 29 de abr. de 2020
- 4 min de leitura
Calazar é o nome popular para a Leishmaniose Visceral tanto humana quanto canina, mas você conhece realmente essa doença? O Calazar pode trazer sérios riscos à saúde dos cães e dos humanos, não tem cura parasitológica, mas tem prevenção. Você sabe o que é Calazar? Classificada como uma zoonose, ela possui como reservatório urbano principal, o cão. A transmissão ocorre por meio da picada do mosquito palha infectado com o protozoário Leishmania Infantum Chagasi, causador da doença. Segundo dados do Ministério da Saúde, se não houver diagnóstico e tratamento adequado, o Calazar pode resultar em morte em cerca de 90% dos casos humanos. E no caso dos cães o problema e as consequências podem ser ainda mais graves... Portanto, para prevenir a Leishmaniose Visceral Canina, vacine seu cão e proteja-o com um produto repelente contra o mosquito palha, evitando assim a picada.
Paralelamente, procure não acumular lixo e restos orgânicos em locais abertos. Este é o ambiente ideal para a proliferação do Lutzomyia Longipalpis, nome científico do mosquito-palha.
SINTOMAS E PREVENÇÃO
Nos cães, os sintomas podem ser perda de peso, anemia, feridas e descamações na pele, crescimento exagerado das unhas, ínguas (aumento de volume dos gânglios), alterações renais e/ou hepáticas, entre outras. Já nos humanos, além do emagrecimento, pode haver febre de longa duração. Como esses sintomas se parecem com os de outras doenças, o diagnóstico pode ser dificultado. E um outro fator que pode atrapalhar, é que pode não haver nenhum sintoma clínico por anos mesmo em indivíduos infectados. Outra recomendação importante, é abrigar o cão dentro de casa durante a noite quando possível, que é justamente o período de maior atividade do mosquito palha. As medidas preventivas ainda são consideradas a maneira mais eficaz de combater essa doença. E a informação correta é outra arma poderosa nesta luta.
MITOS E VERDADES
1. Existe cura parasitológica nos cães. Mito!
Lamentavelmente, até o momento não há comprovação de cura parasitológica para essa doença. O que é as medicações de hoje podem fazer é diminuir o número de parasitas que circulam no organismo e, assim, amenizar as manifestações clínicas, melhorando a qualidade de vida dos cães. O tratamento será para o resto da vida do animal sempre com acompanhamento do médico veterinário e o uso de produto repelente é essencial em um cão positivo, mesmo tratado ou em tratamento.
2. A vacina não impede a infecção no cão. Verdade!
A infecção se dá por meio da picada do mosquito palha infectado e por isso, quem pode ajudar a impedir a infecção é o repelente. A vacina terá ação contra o protozoário Leishmania se o cão for picado por um mosquito palha infectado. A Dupla Defesa da CEVA Saúde animal tem o intuito de proteger o cão por dentro com a vacina Leish-Tec e por fora com o repelente tópico Vectra 3D, fazendo a assim uma barreira dupla de proteção para o cão.
3. O cão pode transmitir o Calazar diretamente para o humano. Mito!
Não é a convivência entre o cão e o tutor que é responsável pela transmissão da doença, mas sim o mosquito palha infectado. Tanto o cão como o humano só são infectados por meio da picada do mosquito palha infectado.
4. Só quem vive em regiões endêmicas deve se preocupar com a doença. Mito!
A transmissão da Leishmaniose Visceral Canina já foi confirmada em 25 das 27 unidades federativas do Brasil. Não estar em uma região endêmica não significa que não existe o risco, ainda mais hoje em dia que viajar com o cão é muito comum. Portanto, a prevenção é sempre indicada.
5. A vacina Leish-Tec é a única aprovada pelo Ministério da Saúde e pelo MAPA para uso em cães. Verdadeiro!
A vacina Leish-Tec é a única aprovada no Brasil para a prevenção da Leishmaniose Visceral Canina.
6. A proteção do animal vacinado é baixa. Mito!
Conforme consta na bula da Leish-Tec, a proteção é individual e em torno de 92 a 96% no animal vacinado. Isso significa dizer que, como qualquer vacina, não há garantia de 100% de proteção, uma vez que a eficácia da vacinação depende da adequada resposta imunológica do cão vacinado. A vacina age estimulando o sistema imune contra o protozoário Leishmania, se o animal for infectado pelo mosquito palha. Recomenda-se sempre associar a vacinação ao uso de um produto repelente tópico, como o Vectra 3D e medidas de limpeza ambiental, como recolhimento de lixo orgânico, por exemplo.
7. A vacina causa muita reação. Mito!
Como qualquer vacina, alguns cães podem ser mais sensíveis devido à uma resposta imunológica individual. Alguns animais vacinados com Leish-Tec podem apresentar uma reação inflamatória no local da vacinação, o que pode causar dor, apatia, diminuição do apetite, e até febre, de maneira semelhante ao que ocorre em crianças vacinadas, por exemplo. E como nos humanos, embora sejam possíveis, é rara a ocorrência de reações alérgicas, e até anafiláticas. Quando ocorrem, cada caso deve ser avaliado e se necessário realizado tratamento sintomático com o uso de medicações específicas, sempre sob supervisão do médico veterinário.
8. É necessário fazer um teste sorológico antes de iniciar a vacinação com a Leish-Tec. Verdadeiro!
O MAPA exige a realização do exame previamente ao início da vacinação. Somente animais negativos devem ser vacinados.
9. A vacina torna a sorologia do cão positiva. Mito!
Por promover o estímulo predominante da resposta celular, não torna a sorologia do animal positiva após a vacinação por induzir apenas a produção de anticorpos anti-A2 (não detectado nas sorologias convencionais disponíveis para o diagnóstico da enfermidade).
10. O protocolo inicial de vacinação são 3 doses de Leish-Tec e depois, a revacinação é anual. Verdadeiro!
Para cães que iniciam a vacinação com Leish-Tec, deve-se respeitar o seguinte protocolo: primovacinação em cães a partir de 4 meses de idade, com 3 (três) doses da vacina em intervalos de 21 dias entre as doses, por via subcutânea. Na revacinação anual, deve-se aplicar uma dose de Leish-Tec (via subcutânea), sendo que se deve contar 1 (um) ano a partir da data da primeira dose de vacina administrada na primovacinação (não a partir da 3ª dose).
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